domingo, 29 de maio de 2016

 Creches ,  Natureza na rotina e passeios ao parque 


Crianças aprendem a todo o momento. Quando pequenas, as interações e as brincadeiras são os principais mediadores das suas  aprendizagens. A Natureza atrai, instiga e provoca o interesse dos pequenos que pesquisam seus elementos com grande interesse. Sol, ar puro, água, pedras, terra, plantas, galhos, folhas, raízes, insetos, aves… como promover o encontro das crianças com esse ambiente? O CEI Barra Manteiga, SP, criou uma solução para levar seus pequenos quinzenalmente a um parque com Natureza de verdade.
Parque Anhanguera
Experimentar a Natureza é mais do que importante para a formação dos pequenos.  É fundamental, tanto do ponto de vista do desenvolvimento físico como para a saúde mental e a construção de conhecimento.
Áreas externas com jardins e ambientes arborizados é um privilégio raro, que poucas instituições possuem. Não é diferente com o espaço do CEI Barra Manteiga, instalado numa casa adaptada, sua área externa não comporta áreas verdes. Mas este contratempo não impediu a instituição de proporcionar para suas crianças o contato com a natureza. Criaram uma solução interessante que hoje faz parte da rotina da equipe.
A diretora Renata Mora percebeu que as famílias das crianças da creche dedicavam poucas horas por semana ao lazer em família, e as atividades escolhidas geralmente envolviam a TV e os cultos religiosos.
A instituição e a sua comunidade ficam próximas do segundo maior parque de São Paulo, o Parque Anhanguera, em Perus, e, apesar disso, as famílias desconheciam o local.
chegada no Parque AnhangueraNo Projeto Político Pedagógico da Barra Manteiga o contato das crianças com a Natureza é uma das prerrogativas de Educação. Para atendê-la e contaminar as famílias com uma proposta de lazer saudável, a equipe planejou passeios quinzenais de todas as turmas alternadamente ao Parque Anhanguera.
Como chegar até lá?
O jeito foi fazer uma parceria com os perueiros, que, em seus horários livres, podem transportar os grupos para o parque.

A Proposta
→ Faixa etária: 8 meses a 4 anos
→ Tempo – 1 hora e meia incluindo o tempo do transporte e a permanência no local
→ Espaço: Parque Anhanguera – quiosque, quadras, trilhas e playground com brinquedos
→ Equipe: dois professores do grupo, a diretora e o professor volante.
→ Materiais
  • de Infraestrutura: kit de primeiros socorros, papel higiênico, toalha de rosto, fraldas, lenços umedecidos, caixa térmica com água e gelo
  • Brinquedos e materiais para as propostas: água, bolinhas, pás e potes: embalagens de iogurte, garrafas pet, latas e copos plásticos.
brincadeira com potinhosConquistas das crianças
→ Descobertas da Natureza:
  • Relação íntima e inteira com o ambiente natural
  • Cuidado e respeito com o ambiente
  • Terra, areia e barro
  • Árvores com seus galhos, folhas e raízes
  • Trilhas
  • Peixes e insetos
→ Descobertas do corpo:
  • Correr
  • Pular
  • Subir e descer escadas e brinquedos do parque
  • Escorregar
  • Balançar
  • Movimentos com areia, terra e água: encher, esvaziar, transferir, transportar
descobrindo a terra no parque→ Descobertas da autonomia:
  • Experiência de passear em espaço aberto
  • Aprender sobre o novo ambiente e se localizar
  • Compreender e respeitar os limites
→ Descobertas de interação
  • Perceber o grupo e interagir com os colegas
  • Interagir com os adultos
→ Descobertas das famílias
Todos os pais foram convidados a acompanhar as crianças. No início alguns aceitaram o convite e outros ficaram receosos com a proposta. Aos poucos, as próprias crianças e os pais que participaram, satisfeitos e entusiasmados, foram compartilhando as experiências positivas e contamiando toda a comunidade do CEI.
Brincadeira no parquinho 2
Avaliação
No processo de auto-avaliação deste ano, essa experiência foi espontaneamente citada como benéfica e positiva pelas famílias e funcionários.
Brincadeira no parquinho
Para Gisela Wajskop, a brincadeira das crianças muda conforme os espaços e os companheiros. Além disso, os espaços criam desafios diferentes pelo tipo de objetos que elas encontram pela frente: subir em uma árvore é bastante diferente do que subir em uma sequência de bancos organizada pelo adulto. Nesses casos, os tipos de riscos já foram até antecipados e previstos, diferentemente das aventuras amplas que a Natureza propõe, com seus ambientes que favorecem a pesquisa e investigação.

ALMOFADAS SENSORIAIS
Lambuzar-se com água, mingau, farinha, tinta e muitas outras substâncias com propriedades físicas e químicas diversificadas é importante para desenvolver uma multiplicidade de capacidades motoras e intelectuais. Mas, no mundo real, propostas com esse contexto de exploração não podem acontecer a todo momento. Elas precisam de organização e estrutura adequada. Para estender e favorecer a pesquisa de materiais com diferentes consistências, texturas, formatos, movimentos e cores, propomos um conjunto de Almofadas Sensoriais para compor uma alternativa às deliciosas brincadeiras de melecas e “sujeiras”.
Para fazer um conjunto de Almofadas Sensoriais são necessários:
  • sacos plásticos de boa qualidade –
  • fita adesiva para fechar  os sacos – 
  • uma diversidade de meios aquosos. Escolha alguns… ou todos!
    • o  gel – de cabelo ou de ultrassom. Podem ser diluídos com um pouco de água. São encontrados em lojas de produtos de beleza
    • espuma de barba
    • óleo de bebê
    • água e detergente
    • água
  • Alguns meios sólidos também podem rechear a almofada: arroz (que tal colorido?), gelo, gel para plantas em bolinha.
  • Objetos pequenos, coloridos e não pontiagudos (de plástico e de EVA são mais apropriados) – peças e partes de brinquedos quebrados, sucatas, figuras recortadas de EVA etc.
  • Glitter, contas, paetês e botões
  • tinta guache e corante alimentício – diversas cores
Selecione os materiais e experimente as combinações mais instigantes para serem exploradas com as mãos, o corpo e os olhos. Sugerimos algumas:
  1. Gel com Glitter, paetês e pequenos objetos dão resultados muito interessantes
almofadas sensoriais com gel2. O meio da espuma de barba fica ótimo com pequenos objetos de plástico que vão surgindo à medida que as almofadas são apertadas.
almofadas sensoriais com espuma de barba3. Outra possibilidade com a espuma de barba é colocar pequenas quantidades de duas ou três cores de tinta guache em pontos distantes da espuma. À medida que o bebê aperta e mexe na almofada as cores vão tomando conta da almofada e se misturando.
4. O óleo de bebê fica muito bom com algumas gotas de corante colorido que, como na combinação do guache com a espuma de barba, vão se deslocando pelo meio oleoso e se misturando. O efeito pode ser ampliado com Glitter e paetês coloridos.
almofadas sensoriais com óleo mineral5. Água e uma alta concentração de detergente, incolor ou colorido, combinados com alguns objetos resultam numa almofada que vai se transformando. Conforme a mistura é agitada, uma espuma vai se formando e os objetos ficam parcialmente escondidos.
6. Como meio, a água é o mais conhecido e acessível. Ela representa para o bebê mais uma alternativa de pesquisa com diferentes propriedades.
almofadas sensoriais com água
As almofadas tem um período de “validade” limitado, uma vez que os sacos plásticos não resistem a infinitas manipulações. Para evitar acidentes  verifique a integridade dos materiais ao guardá-los depois da proposta e antes de oferecê-los.
almofadas sensoriais com gel arroz e gelo
Prepare um espaço amplo, que permita os gestos e a movimentação das crianças. Espalhe algumas almofadas e permita os tempos e ritmos de cada um. Observe se percebem os brinquedos e se tem dificuldade de se aproximar deles. Se não for possível alcançar as almofadas apesar de expressarem o desejo, ajude. Se demonstrarem que estão satisfeitos com a pesquisa do brinquedo, procure oferecer outro tipo de almofada. Por outro lado, se expressarem sinais de cansaço ou irritação, é hora de finalizar a brincadeira e propor novamente em outro dia.
Segundo as psicólogas Anna Tardos e Agnès Szanto-Feder, do Instituto Pikler (Lóczy),
O bebê que, em seu lugar habitual, encontra, dia após dia, brinquedos e objetos familiares, tem possibilidade, quase desde o nascimento e durante todo o seu primeiro ano (e nos seguintes), de exercitar e desenvolver suas competências. Cada vez mais hábil, cada vez aprende mais coisas sobre os objetos que o rodeiam, sobre suas dimensões, suas formas, suas qualidades. Mas, sobretudo, aperfeiçoa as suas competências aprendendo a estar atento aos resultados dos seus atos, aprende a aprender. 
Observar a interação dos bebês com esses materiais pode trazer informações preciosas sobre as pesquisas, descobertas e conquistas. Registre! Com fotos que focam a exploração e com anotações.
Captura de Tela 2016-05-14 às 12.38.40

Trauma infantil: uma caminhada de mãos dadas com a criança



O trauma infantil é uma realidade que lidamos no dia a dia da Educação. 
Como ficar sensível ao sofrimento das crianças que vivem situações traumáticas?
Como desenvolver um trabalho que contribua para fazer brotar suas capacidades e empoderá-las? 
crianças 1Ao atravessar momentos de pesar, a tristeza fica evidente. Porém, ao vivenciar o trauma, os sintomas expressos pelas crianças podem dificultar a correlação com os acontecimentos traumáticos. Na verdade, alguns comportamentos das crianças em sofrimento – frustração, impaciência, dificuldade de concentração, de seguir regras e de se relacionar – podem ser confundidos com outras questões, dificultando a aproximação mais adequada dos adultos ao problema real.
Segundo a psicóloga e diretora do Instituto Nacional para o Trauma e as Perdas na Infância, Caelan Kuban Soma (Estados Unidos) nessas situações os momentos de desafio e aprendizagem podem representar uma grande luta interna para as crianças. Mas, uma vez que o trauma é identificado como a raiz do comportamento, é possível adaptar a abordagem para ajudar as crianças a lidarem com a carga emocional.
Para compreender, acolher, acompanhar e ajudar os pequenos que passam por traumas, algumas dicas podem orientar o olhar e as ações dos educadores:
 1. Crianças que sofrem traumas não estão tentando “provocar” os adultos.Se um pequeno que já está adaptado à instituição e à rotina demora para se preparar para o café, reluta em ir ao parque e resiste em participar das propostas, a distração e a resistência podem indicar que estão acontecendo preocupações e sobrecarga emocional. Procurar indicar e relembrar a rotina sem reprimendas deve ser a atitude do professor. Com calma e sutileza, uma pista visual ou um olhar que aponta, por exemplo, o local dos sapatos, já pode lembrar a criança de que precisa calçá-los antes de ir para o parque; relembrar uma regra para todo o grupo, como por exemplo “lavar as mãos antes de sentar à mesa”, auxilia o pequeno a se encontrar na rotina da escola. Segundo a psicóloga, é uma questão de mudar a percepção para não cair na armadilha de concluir que essas crianças estão fazendo birra!
♥ 2. Crianças que vivenciam traumas estão sempre preocupadas com o que vai acontecer em seguida.A rotina da sala contribui para acalmar essa ansiedade, assim é importante desenvolver planejamentos que estejam dentro de uma estrutura previsível. Além dos momentos das refeições, que geralmente são fixos, manter uma atividade rotineira, como por exemplo, cantos diversificados na hora da chegada. Isso contribui para indicar para a criança que ela é conhecedora do que acontece na creche. Dar sinais do que vai acontecer no dia também colabora para construir uma sensação de segurança: agora vamos pintar com giz molhado e depois vamos lavar as mãos para almoçar.
♥ 3. Não importa o julgamento dos adultos sobre a intensidade da situação traumática atravessada pela criança.Não cabe aos adultos julgarem se o fato traumático é grave ou estressante e ainda avaliarem se a medida do sofrimento da criança é compatível com essa avaliação. O importante é reconhecer que aquilo que a criança sente é legítimo e lhe causa estresse. Tentar não julgar o trauma, pois se a questão é traumatizante para o pequeno, é com isso que os educadores vão lidar. A criança ainda não avalia e não reflete sobre as situações emocionais que vive, assim, ela não tem controle de seus sentimentos e emoções. A Dra. Soma esclarece que “qualquer evento que mantenha o nosso sistema nervoso ativado por quatro, seis ou mais semanas é definido como estresse pós-traumático”.
A identificação da causa do trauma e a condução da resolução do problema com a família é prerrogativa das instituições competentes. Cabe à escola ficar sensível às crianças e comunicar aos órgãos responsáveis sobre suas suspeitas.
♥ 4. Frequentemente associamos traumas às situações de violência, mas nem sempre é assim.Crianças podem sofrer com uma variedade de situações: divórcios, mudanças, chegada de irmãos, sobrecarga de atividades. É mais comum do que acreditamos.
♥ 5. Não é preciso saber a razão do trauma para ser capaz de ajudar.No lugar de focar no histórico da situação traumática, concentrar-se nas estratégias de apoio. A raiva, a dor, a preocupação e o sofrimento já são indicadores suficientes para o professor desenvolver um trabalho de acolhimento e segurança. É importante respeitar as barreiras e a privacidade dos pequenos também.
crianças♥ 6. Crianças que sofrem traumas precisam sentir que são capazes e que podem contribuir com o mundo.Encontrar oportunidades, no dia a dia, em que as crianças estabeleçam desafios e possam atingir metas. Essas conquistas desenvolvem uma sensação de domínio e controle nas situações que elas enfrentam. Ser ajudante, cuidar de outro colega, intermediar numa situação de conflito, esse tipo de ação (que o professor tem certeza que o pequeno pode resolver) expressa concretamente que a criança é capaz. Não é uma questão de ser bom em desenhar, pular um obstáculo ou montar um quebra-cabeça. Em situações de estresse, a experiência de sentir o próprio valor deve acontecer no campo das sensações, emoções e relações.
♥ 7. Há uma conexão direta entre estresse e aprendizagem.Crianças que sofreram traumas tem dificuldade para aprender, a menos que se sintam seguras e apoiadas. Há uma conexão direta entre a redução do estresse e os resultados no desenvolvimento, destaca a Dra. Soma.
♥ 8. Foco e autocontrole podem ser grandes desafios para crianças que sofrem traumas.Algumas crianças convivem com pais que se encontram emocionalmente indisponíveis, que não oferecem ao filho um ambiente em que é possível observar e aprender a lidar com as emoções. Essas crianças geralmente apresentam dificuldade em se concentrar por longos períodos. Nesses casos, o ideal é planejar atividades prevendo “intervalos livres” e “zonas de escape”. Na hora da Roda de História, por exemplo, uma boa estratégia é fazer a narração incluindo momentos de uso do corpo: que tal imitar os gestos de um personagem? Outra estratégia é garantir um canto com outra proposta, prevendo as mudanças de foco da criança que está estressada. Essas pausas e opções ao longo da rotina podem contribuir para uma recarga da estabilidade emocional que a acompanhará em cada momento do dia.
♥ 9. É positivo perguntar diretamente às crianças que sofreram traumas o que se pode fazer para ajudá-las.Existe algo que eu possa fazer para você se sentir melhor? Esse é o espírito dessa postura. A criança pode expressar ao longo do dia que quer o conforto de ler o livro preferido, brincar com o brinquedo querido, ouvir uma música especial, descansar num cantinho aconchegante da sala ou até colocar para fora seu choro. Indicar essa ajuda e viabilizar esses desejos é mais importante do que acompanhar à risca a rotina proposta para o dia.
♥ 10. É possível apoiar as crianças com traumas, mesmo fora da sala.Circular pela instituição compartilhando com as equipes as estratégias para lidar com o estresse do trauma e deixar claro que a criança não é definida pelo comportamento que está apresentando, são formas de estender o acolhimento para além da sala. A Dra. Soma esclarece que é típico existir algo mascarado que conduz o comportamento das crianças em sofrimento, então é importante estar sensível a isso. “Pergunte-se: eu estou preocupada com o que está acontecendo com aquela criança? E deixe de lado a questão: o que está errado com aquele pequeno? Essa é uma grande transformação na forma como olhamos nossas crianças!”
Balão-Para-Saber-MaisO National Institute for Trauma and Loss in Children (ou Instituto Nacional para o Trauma e as Perdas na Infância) fica nos Estados Unidos e revela que educadores e instituições dedicadas às crianças são o batalhão de frente de uma guerra que geralmente nem têm clareza de estar lutando: o trauma infantil. Formar profissionais para despertar o melhor de cada criança traumatizada, construindo um ambiente em que elas possam florescer, é a missão do Instituto. Dra. Caelan K. Kuban Soma é psicóloga e diretora executiva da instituição.

Neurociência, aprendizagem e desenvolvimento infantil – 12 a 18 meses



criança 12 a 18 meses caminhandoOs bebês são pesquisadores. Nascem com a curiosidade e a iniciativa para descobrir o mundo que os cerca. Eles parecem particularmente interessados nas propriedades físicas dos objetos, testando-os com todos os seus sentidos. O que acontece de 12 a 18 meses?
Os bebês também mergulham nos mistérios do próprio corpo. Engajam-se em desafios complicados e, numa insistência brincante, vencem obstáculos e adquirem novas habilidades a cada dia.
Por volta dos 12 meses, estão percorrendo a jornada da fala. Ouvem quem conversa com eles e criam combinações de sons buscando serem compreendidos. Em nenhuma fase da vida do ser humano a atividade cerebral é tão intensa! Pais, familiares e professores, cuidadores desses pequenos e incríveis seres humanos têm o privilégio de presenciar conquistas geniais.
Nessa postagem, os bebês já estão com idade entre 12 e 18 meses. Por meio de Quadros Facilitadores, você poderá conhecer aspectos importantes do desenvolvimento infantil e obter dicas para observar, registrar e planejar um trabalho pedagógico adequado e qualificado.
Quadro Facilitador Neurociencia desenvolvimento infantil

atividades criança 12 a 18 meses

Bebês 12 a 18 meses movimento 1

Bebês 12 a 18 meses movimento 2

Bebês 12 a 18 meses linguagem 1Bebês 12 a 18 meses linguagem 2


Bebês 12 a 18 meses linguagem 3

Bebês 12 a 18 meses cognição 1

Bebês 12 a 18 meses cognição 3

Bebês 12 a 18 meses cognição 2

Bebês 12 a 18 meses subjetivação 1

Bebes 12 a 18 meses -Subjetivação 2

 fonte :http://www.tempodecreche.com.br/categoria/relacao/

sábado, 28 de maio de 2016

POR QUE DEVEMOS FALAR SOBRE SEXUALIDADE COM AS CRIANÇAS?



As crianças têm cada vez mais acesso a todo tipo de informação, seja através da televisão, celular, tablet, redes sociais, livros ou ao ouvir uma conversa de adultos. A curiosidade é natural também em relação a sexualidade e para esclarecer suas duvidas é comum que procurem as pessoas que mais confiam: a mãe e o pai. O assunto pode aparecer a qualquer momento, não existe uma idade ideal para falar sobre sexualidade e vale à pena estarmos preparados, assim garantimos a qualidade da informação baseada nos valores que queremos passar para as crianças.
Quando digo que não existe idade ideal não significa que devemos ligar a televisão em uma programação com classificação para maiores de 18 anos. Mas, a conversa sobre a sexualidade pode acontecer sempre que surgir uma oportunidade. Como por exemplo, ninguém pode tocar no seu corpo… Podemos começar a conversa desta forma, pois temos que explicar que só os pais podem ajudar quando o assunto é banheiro ou banho. Lembrando pedófilo não carrega placa se condenando, então toda atenção é valida.
Ao sairmos desse ponto de partida ensinamos que a base de todas as relações é o amor e o respeito. Assim, também ajudamos a evitar que a pedofilia e os abusos (físico, psicológico e moral) tenham espaço para acontecer e assim as crianças aprendem a cuidar dos seus sentimentos, seu corpo e respeitar o sentimento e corpo das outras pessoas.
Sem perceber, muitos pais fogem de determinados assuntos e esperam que os filhos os procurem para conversar sobre isso quando tiverem duvidas. O clima de naturalidade ao falar do beijo, do corpo pelado, da cena de sexo traz a confiança necessária para que as crianças possam questionar e a conversa fluir.
É interessantede contar a historia do amor para que as crianças entendam qual o sentido prático que envolve a sexualidade. Podemos contar que duas pessoas quando estão apaixonadas, querem ficar juntas a maior parte do tempo. Então, aos poucos vão querendo ficar mais juntas e, por isso, podem querer andar de mãos dadas, se beijar, se abraçar. Isso tudo acontece, porque as duas pessoas se gostam, se respeitam e querem tocar uma a outra. Não precisamos saber todas as respostas das duvidas das crianças e quando isso acontecer podemos pesquisar juntos ou separados e depois retomar o assunto. É importante não deixarmos uma pergunta sem resposta. Lembre-se, a criança é curiosa e pode buscar a resposta em outra fonte, como a internet, e daí não poderemos garantir a qualidade da informação


COMO AJUDAR AS CRIANÇAS QUE TÊM PESADELO?

índice

Muitas vezes o sono das crianças é interrompido por um pesadelo. Algumas acordam chorando, outras gritando ou tem aquelas que acordam em silêncio e vão para o quarto dos pais para dormir na pontinha da cama deles. Pode ser um grande susto para a criança e também para os pais, mas como podemos ajudar os pequenos que passam por um pesadelo?
Os símbolos que aparecem nos sonhos podem nos ajudar a entender o que se passa na cabeça das crianças. Apesar de não serem mensagens evidentes, elas contam um pouco de como a criança percebe sua vida naquele momento. Os sonhos aparecerem para ajudá-las a digerir o que vivem, seja algo bom ou algum desafio que estão passando.
As crianças de até 3 anos tem maior dificuldade para diferenciar o que é fantasia e realidade, por isso, muitas vezes elas acordam de um sonho como se ele estivesse acontecendo ainda. O que vai determinar se a criança terá um sonho ou um pesadelo serão as experiências que acontecem no seu dia a dia.
Durante o sono, todos os pensamentos que foram armazenados das experiências de frustração, tristeza, raiva, medo e sensações desconfortáveis podem se transformar em pesadelo, bruxas, monstros e bichos perigosos. É difícil evitarmos os pesadelos, mas podemos cuidar para que as noites de sono dos pequenos sejam menos turbulentas. Podemos criar uma rotina que facilite a chegada do sono. Tomar um banho relaxante, reduzir o ritmo das atividades da família, desligar televisão, computador, tablet, e diminuir a intensidade das luzes da casa são atitudes que contribuem para um sono mais tranquilo. Colocar a criança para dormir com um bichinho de pelúcia ou um paninho que ela goste também pode ajudar a diminuir a tensão quando acorda do pesadelo. A repetição desse ritual faz com que a criança se sinta mais segura, pois sabe qual o próximo momento ela viverá, diminuindo seu medo e ansiedade.
Quando a criança acorda assustada, com medo, podemos ajudá-la tranquilizando com carinho e acolhimento. Um abraço e o interesse sobre o que ela sonhou costumam funcionar.

MÚSICA E DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM…



Vocês sabiam que a música tem grande influência no desenvolvimento da linguagem dos pequenos?
Assim como a fala e os gestos, a música também nos possibilita a comunicação e a expressão de emoções, além de nos motivar e inspirar.
Para os bebês, a relação com a música acontece antes mesmo do nascimento, pois é de dentro do ventre materno que eles recebem seus primeiros estímulos sonoros. Eles ouvem o som dos batimentos cardíacos da mãe, aprendem reconhecê-la pela voz e já respondem a estímulos sonoros.
Quando o bebê e/ou a criança está em contato com o mundo musical, ele (a) fortalece o desenvolvimento das habilidades cognitivas, favorecendo a produção e aquisição dos fonemas, a ampliação do repertório linguístico e o aperfeiçoamento do processamento auditivo. Além de despertar a imaginação e estimular a criatividade.
Nesse sentido, as cantigas de ninar, as canções de roda, as parlendas e todo o tipo de jogo musical têm grande importância, pois influenciam e fortalecem o desenvolvimento das habilidades motoras, auditivas, linguísticas, cognitivas, visuais, entre outras.Colocar diferentes gêneros musicais é uma atividade interessante.
Seu filho já ouviu música hoje?